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World Media

Livro aborda os gaps democracia

Andrea Guerra

Diário do Comércio / Diário do Comércio

Brasil, Estados Unidos, Peru, Ucrânia. São muitos os países que, em pleno século XXI, precisaram dar um passo atrás para lutar pela liberdade e pela democracia, diante do surgimento de forças que querem o oposto: a concentração do poder a quase qualquer custo.

Em seu novo livro, “A Vingança do Poder” (Editora Cultrix), Moisés Naím, escritor venezuelano, acadêmico e colunista internacional de grandes jornais e Ph.D em economia, faz uma análise notável das tendências, condições, tecnologias e comportamentos que estão contribuindo para este movimento e que ameaçam as instituições democráticas, citando exemplos de estratégias de líderes autoritários, inclusive de Jair Bolsonaro, no Brasil.

Naím se concentra nos três P’s: populismo, polarização e pós-verdade. Os três não são exatamente uma novidade, porém, quando combinados pelos autocratas de hoje, minam a vida democrática de um modo novo e assustador.

Segundo ele, o poder não se transformou, no entanto, a maneira como as pessoas o enxergam e o exercem é que se deturpou de forma perversa e ambígua. A “Vingança do Poder” conecta os pontos entre eventos globais e táticas políticas que, quando olhados em conjunto, mostram uma transformação profunda no poder e na política contemporânea.

“Cada época tem visto uma ou mais formas de malignidade política. O que estamos vendo hoje é uma variante revanchista que imita a democracia enquanto, indiferente a qualquer limite, continua a miná-la. É como se o poder político tivesse feito um balanço de todos os métodos que as sociedades livres inventaram ao longo dos séculos para domesticá-lo e tivesse decidido contra-atacar. É por esse motivo que penso nisso como a vingança do poder”, diz o autor.


Este é um livro atual e urgente, que esmiúça a origem e o desenvolvimento dessa nova forma maligna de poder político ao redor do mundo, e mostra como ela corrói os fundamentos de uma sociedade livre – tanto em governos de direta quanto de esquerda.

O autor analisa também como esta força autoritária se apoia em um núcleo compacto de estratégias para enfraquecer os alicerces da democracia e cimentar seu domínio, nas mais diversas regiões, além de dar exemplos de lutas para proteger a democracia e, em muitos casos, para salvá-la. Ao fazer esta análise, ele disseca as abordagens de diversos autocratas como Donald Trump (EUA), Hugo Chávez (Venezuela), Viktor Orbán (Hungria), Rodrigo Duterte (Filipinas), Narendra Modi (Índia) Jair Bolsonaro (Brasil), Recep Tayyip Erdoğan (Turquia) e NayibBukele (El Salvador), entre muitos outros.

Naím detalha como as mesmas estratégias para consolidar o poder de forma autoritária brotam repetidas vezes em circunstâncias políticas, econômicas e sociais muito diferentes de tempos anteriores. Um livro importante para entender o futuro da democracia que, entre outras questões procura responder: Podem as democracias sobreviver aos ataques de aspirantes a autocratas dispostos a destruir os pesos e contrapesos que limitam seu poder? Como? Por que razão o poder está se concentrando em certos lugares enquanto em outros está se fragmentando e deteriorando? E a grande pergunta: qual é o futuro da liberdade?

FICHA TÉCNICA

Livro: A Vingança do Poder
Autora: Moisés Naím
Editora: Cultrix
Páginas: 360
Preço: R$ 72 (versão impressa) /disponível também na versão e-book

Obra faz uma análise do cenário contemporâneo diante do crescente poder dos autocratas

Como uma sociedade que fala tanto em democracia é uma das campeãs em desigualdade social? O pós-doutorando em Psicologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Gabriel Miranda, usa as lentes teóricas da dialética para entender e explicar esse tema no livro “Em defesa da dialética: ensaios sobre o Brasil”, uma coletânea de nove textos, em forma de ensaios, escritos entre 2019 e 2022.

Entre os temas, estão a segurança pública, o espaço urbano, a pandemia da Covid-19 e as “robinsonadas” do Direito Penal, isto é, a incapacidade de perceber a relação entre a produção da criminalidade e as desigualdades sociais.

Como o próprio título sugere, o fio condutor entre todos os textos contidos no livro reside em uma defesa do pensamento dialético aplicado à análise da realidade brasileira.

“Enquanto ressoam odes à democracia liberal burguesa, este livro questiona quanta desigualdade, fome e morte cabem nessa democracia. E, para tanto, apresenta o pensamento dialético, com oposição ao ideário liberal e crítica às relações sociais que se desenvolvem sob o capitalismo, como um importante aliado na tarefa de analisar e transformar o mundo. Desse modo, espera-se que os debates expostos ao longo desta obra possam, além de servir como um registro de nosso tempo histórico, constituir-se como uma modesta contribuição para a difusão do pensamento crítico”, relata o autor.

O livro faz uma ácida crítica da sociedade brasileira e suas representações ideológicas, a exemplo da publicação anterior do autor, “Necrocapitalismo: ensaio sobre como nos matam”, ambos editados pela LavraPalavra e de caráter introdutório, “portanto, destinado ao público geral, incluindo estudantes da graduação interessados pelo tema e ativistas de movimentos sociais”, esclarece Miranda. O posfácio fica por conta de Giovane Scherer, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) e coordenador do grupo de estudos Juventudes e Políticas Públicas.

Um dos capítulos da obra recém-lançada – “A pandemia da Covid-19: um problema político” – possui íntima relação com a atual pesquisa desenvolvida por Miranda no pós-doutorado na UFSCar, intitulada “Os efeitos da pandemia da Covid-19 para adolescentes brasileiros em situação de vulnerabilidade social” e coordenada pelo professor Alex Sandro Gomes Pessoa, do Departamento de Psicologia (DPsi).

O livro “Em defesa da dialética: ensaios sobre o Brasil” está disponível, em formato físico, no site da LavraPalavra.

Para obter mais informações sobre a publicação e o autor, acesse as redes sociais da LavraPalavra Editorial: Instagram (@lavrapalavraeditorial) e Facebook (www.fb.com/lavrapalavra).