Contact Us

Use the form on the right to contact us.

You can edit the text in this area, and change where the contact form on the right submits to, by entering edit mode using the modes on the bottom right. 

         

123 Street Avenue, City Town, 99999

(123) 555-6789

email@address.com

 

You can set your address, phone number, email and site description in the settings tab.
Link to read me page with more information.

World Media

Série sobre vida de Hugo Chávez irrita bolivarianos

Angie G50

El Estadão / El Estadão

CARACAS - Uma série de televisão sobre a vida e obra do presidente venezuelano Hugo Chávez, morto em 2013, está provocando uma série de críticas no país às vésperas de o programa ir ao ar. A cúpula chavista, que governa o país em meio a uma grave crise econômica, com escassez de alimentos e remédios, além de hiper inflação, criticou a produção, batizada pelo canal Sony de "El Comandante" e gravada em espanhol.  

O programa deve ser exibido na América Latina e nos Estados Unidos. Ele foi criado pelo ex-ministro do Comércio Moisés Naím - colunista do Estado - crítico do chavismo. 

Segundo Naím, que hoje vive nos EUA, ele teve a ideia depois de passar anos tentando explicar o chavismo a seus amigos em Washington. "Há duas coisas inegáveis, apesar da ideologia: a primeira é que Chávez era um político extraordinariamente carismático que seduziu plateias em todo o mundo", disse ele. "A segunda é que é muito difícil argumentar que a tragédia atual não tem nada a ver com ele."

Muitos dos erros e acertos de Chávez são conhecidos mundialmente. Ao longo de 14 anos no poder, ele transformou sua presidência em uma espécie de reality show. Para o diretor venezuelano, a série só poderia ser boa se focasse no que acontecia com o presidente longe das câmeras. 

Em uma das cenas, o ator Andrés Parras, que encarna Chávez na série, acende um cigarro e compartilha seus planos para o referendo constitucional que o permitiria candidatar-se indefinidamente. "Vamos mudar tudo, do capitalismo para o socialismo", disse. 

O programa atraiu críticas de lideranças chavistas, que o qualificaram de "lixo imperialista". A atual primeira-dama, Cilia Flores, prometeu processar a Sony. Diosdado Cabello, homem forte do governo, disse que a decisão de escolher Parra - que já interpretou Pablo Escobar - para o papel era uma onfesa. 

"O atacaram quando era vivo e continuam fazendo isso depois de sua morte", disse Cabello, que iniciou uma campanha em seu programa e pediu aos partidários do governo exibir placas com os dizeres "Aqui não se fala mal de Chávez". / AP